Confira minha resenha desse livro que explora o futuro da escrita digital e o papel do redator com a expansão da inteligência artificial.
Conheci o Bruno Rodrigues em maio deste ano, no Content Experience 2025 e, desde então virei sua fã. Por isso, fui correndo conferir seu novo livro Prompt, Palavra, Ação: O futuro da escrita digital em ambientes generativos.
Um livro é incrível e sua leitura me fez olhar para o papel de redator de uma nova forma. O que antes parecia um ofício solitário, focado em rascunhar textos, ganha uma dimensão quase futurista.
O redator de hoje e certamente de amanhã, não é aquele só escreve frases e parágrafos, mas sim quem administra um verdadeiro ecossistema de conteúdo em um trabalho conjunto com inteligências artificiais que parece coisa de ficção científica.
A arte do prompt writing
A habilidade de criar um prompt, aquela instrução clara, precisa, quase cirúrgica que guia a IA, virou um verdadeiro superpoder. Não é juntar palavras ao acaso, é pensar no contexto, no público e, principalmente, no resultado que se espera.
Um prompt feito com clareza evita respostas genéricas e abre o caminho para algo focado e certeiro. Aliás, cada palavra importa. Escolher o verbo certo, delimitar bem o tema e até indicar o formato da resposta são estratégias que otimizam a interação humano-máquina.
E claro, tudo isso requer paciência para testar, iterar e ajustar até extrair o melhor da inteligência artificial.
GEO: SEO com um toque de magia
O SEO, aquele velho conhecido das estratégias digitais não está morto, mas está passando por uma atualização.
Bruno me apresentou o GEO (Generative Engine Optimization), onde o foco não é simplesmente aparecer nos motores de busca, mas fazer o conteúdo ser lido, compreendido e citado por sistemas generativos.
Qual o segredo? Produzir conteúdos que sejam úteis, claros, estruturados em blocos que fazem sentido sozinhos, com fontes confiáveis e uma linguagem que não deixa margem para ambiguidades.
Assim, nossos textos saltam das telas para um ecossistema vivo de conhecimento.
Ética e humanidade
Se tem algo que me marcou profundamente na leitura foi a ideia de que a IA, por mais avançada que seja, só reflete o que a gente ensina. Ou seja: a responsabilidade é toda nossa. Não adianta reclamar das respostas enviesadas, vagas ou excludentes se não criamos uma base ética sólida para o conteúdo que entregamos.
Usar linguagem inclusiva, explicitar a origem das informações, cuidar do usuário com transparência não é frescura, é uma diretriz essencial.
Senti que ser redator hoje é também ser guardião de uma comunicação mais humana, justa e respeitosa num mundo que vira cada vez mais automática.
Além da escrita
O livro também me fez repensar o papel do redator como alguém que, além de criar, estrutura e supervisiona.
É como se deixássemos de ser só escritores para virar curadores de sentido, arquitetos da palavra e treinadores da linguagem, tanto para humanos quanto para IA. Isso inclui definir o tom, validar respostas, ajustar termos, orquestrar o corpus e pensar o contexto geral.
Não é pouca coisa, né? Mas é exatamente essa visão que me motiva a abraçar o futuro da escrita digital: um universo de possibilidades onde o nosso papel é indispensável, mesmo com tantas máquinas ao redor.
Dessa forma, Prompt, Palavra, Ação virou meu manual para essa nova fase da comunicação. A escrita pode até estar mudando de lugar, mas quem domina o mapa dessa transformação será, sem dúvida, uma referência.
Para mim, isso significa apostar no poder da palavra como ação e permanência. Afinal, o futuro da escrita depende de profissionais que entendem que, mais que escrever, é preciso criar sentido, ensinar e liderar o diálogo entre humanos e máquinas.
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