IA, Marketing de conteúdo

AX (Agent Experience): entenda essa novidade que chegou para ficar

Descubra o que é AX e o que os criadores de conteúdo precisam saber sobre a nova experiência digital pensada para IAs.

Descubra o que é AX e o que os criadores de conteúdo precisam saber sobre a nova experiência digital pensada para IAs.
Tânia Tiburzio, Redatora SEO

Se você está minimamente por dentro das novidades tecnológicas, já deve ter percebido que estamos vivendo uma nova revolução: a chegada dos agentes de inteligência artificial.

E, com eles, surge um novo conceito que vai impactar diretamente como criamos e distribuímos nosso conteúdo: AX (Agent Experience).

Esse assunto me chamou atenção e, depois de algumas leituras, compartilho o que aprendi sobre essa tendência. Vem comigo!

O que é AX?

AX significa Agent Experience, ou seja, experiência do agente.

Assim como a gente pensa em UX (User Experience) para entregar a melhor experiência para o usuário humano, agora também precisamos considerar como os agentes de IA vão interagir com o conteúdo e os sistemas que estamos construindo.

Parece distante? Mas não é. A IA já está acessando sites, interpretando conteúdos, preenchendo planilhas, automatizando tarefas e até criando com a gente. E isso só tende a crescer.

Na UX tradicional, o usuário é quem age: ele pesquisa, compara, escolhe, interage. Na era da AX, essa lógica se inverte.

Os agentes de IA passam a agir em nome do usuário. Eles aprendem suas preferências, antecipa suas necessidades e executam tarefas de forma proativa. O usuário deixa de ser o operador e passa a ser o “cliente” de um sistema inteligente que trabalha para ele.

Quais as diferenças entre UX e AX?

Para entender com mais facilidade a diferença entre a experiência centrada no usuário (UX) e a experiência mediada por agentes (AX), confira a imagem abaixo:

Entenda as diferenças entre UX e AX - Tânia Tiburzio, Redatora SEO.
Diferenças entre UX e AX.

Por que os criadores de conteúdo precisam se preocupar com a AX?

Porque o nosso conteúdo já não é consumido somente por humanos.

Os agentes de IA estão se tornando verdadeiros “assistentes” dos nossos leitores, clientes e seguidores. Eles fazem buscas, tomam decisões e até criam respostas com base naquilo que encontram nos nossos blogs, portfólios, landing pages, documentos e plataformas.

Se o nosso conteúdo não estiver preparado para esse novo tipo de visitante, podemos perder relevância, visibilidade e até autoridade.

Por isso, é preciso pensar em:

  • Textos mais objetivos, com contexto claro e estruturado. Dados legíveis por máquina (ex: usando schema.org, marcações e APIs documentadas).
  • Navegação mais limpa, sem excesso de elementos que atrapalhem a leitura por IAs.
  • Formatos multimodais e compatíveis com diferentes formas de consumo (voz, texto, API).
  • Pense na AX como o novo filtro: se seu conteúdo for fácil de entender por um agente, ele também será mais acessível para o público assistido por IA.

Como os agentes de IA consomem conteúdo?

Os agentes de IA estão lendo nossos textos, acessando APIs, navegando em sites e usando produtos como o ChatGPT, Gemini, Copilot, Claude, Perplexity e outros, dessa forma eles podem:

  • Responder perguntas com base em nossos blogs.
  • Criar resumos e tutoriais a partir dos nossos conteúdos.
  • Interagir com ferramentas como Notion, Canva, Netlify, Google Docs e outros, às vezes sem o usuário nem perceber.

Ou seja, nossos textos estão servindo de base para experiências automatizadas.

Como os criadores de conteúdo podem começar a aplicar AX?

Algumas ideias práticas incluem:

  • Da mesma forma que você faz pensando em SEO, organize seu conteúdo com headings (H1, H2, etc.) e estrutura lógica.
  • Evite linguagem ambígua ou enigmática demais. IA precisa de clareza, então seja objetivo.
  • Use dados estruturados e links claros.
  • Otimize suas descrições de produtos, imagens, serviços e FAQs com linguagem simples.
  • Se você produz para plataformas (SaaS, sistemas, apps), incentive a criação de APIs documentadas e acessíveis.

É como fazer o conteúdo conversar com humanos e com IAs ao mesmo tempo.

Quer se aprofundar no tema? Leia meu artigo Como otimizar seu conteúdo para ferramentas de IA.

O que acontece com quem ignora a AX?

É simples: você vai perder espaço para quem estiver mais preparado.

Os agentes vão preferir conteúdo pronto para ser lido por inteligências artificiais e, portanto, mais fáceis de interpretar. E, com o tempo, isso vai afetar ranqueamento, acessos, engajamento e até conversão.

Assim, quanto antes a gente começar a produzir com essa mentalidade, mais adiante estaremos quando os agentes forem rotina no dia a dia das pessoas.

O futuro é híbrido: humanos + agentes trabalhando juntos. E o conteúdo será o elo dessa conexão.

Se queremos ser encontrados, recomendados e usados por esses novos “copilotos digitais”, temos que criar de forma mais inteligente e inclusiva para IAs.

Por fim, podemos concluir que AX não é uma tendência e mais do que um termo técnico.

Trata-se de um chamado para quem cria na internet repensar como está se comunicando, com quem e para quem. E isso vale tanto para blogs e posts quanto para sistemas, vídeos, produtos e até campanhas.

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Perguntas frequentes

1. O que significa AX?

AX é a sigla para Agent Experience (Experiência do Agente). Trata-se de um novo conceito que considera como os agentes de inteligência artificial (IAs) interagem com conteúdos e sistemas digitais, semelhante ao que o UX (User Experience) faz para usuários humanos.

2. Qual é a principal diferença entre UX e AX?

Enquanto o UX foca na experiência do usuário humano que interage diretamente com interfaces, o AX considera que agentes de IA executam tarefas em nome dos usuários, tomando decisões e interagindo com conteúdos de forma autônoma.

3. Por que os criadores de conteúdo devem se preocupar com AX?

Porque os agentes de IA já estão consumindo conteúdos online para realizar tarefas como responder perguntas, criar resumos e automatizar processos. Se o conteúdo não estiver otimizado para esses agentes, pode perder relevância e visibilidade.

4. Como os agentes de IA consomem conteúdo atualmente?

Eles leem textos, acessam APIs, navegam por sites e utilizam ferramentas como ChatGPT, Gemini, Copilot, Claude e Perplexity para interagir com informações e executar tarefas automaticamente.

5. Quais práticas ajudam a otimizar o conteúdo para AX?

  • Estruturar textos com headings (H1, H2, etc.) e lógica clara.
  • Utilizar linguagem objetiva e sem ambiguidades.
  • Implementar dados estruturados e links claros.
  • Otimizar descrições de produtos, imagens e FAQs com linguagem simples.
  • Documentar e disponibilizar APIs acessíveis, especialmente em plataformas SaaS.

6. O que pode acontecer com quem ignora a AX?

Ignorar a AX pode resultar na perda de espaço para concorrentes que produzem conteúdos mais acessíveis e compreensíveis para agentes de IA, diminuindo a visibilidade e autoridade online.

7. Como a AX afeta a produção de conteúdo multimodal?

A AX incentiva a criação de conteúdos compatíveis com diferentes formas de consumo, como voz, texto e APIs, garantindo que agentes de IA possam interpretar e utilizar as informações de maneira eficaz.

8. Qual é o papel dos dados estruturados na AX?

Dados estruturados, como os fornecidos por schema.org, facilitam a compreensão do conteúdo por agentes de IA, permitindo que eles interpretem e utilizem as informações de forma mais precisa.

9. Como a AX se relaciona com o SEO?

Assim como o SEO otimiza conteúdos para mecanismos de busca, a AX busca otimizar conteúdos para agentes de IA, garantindo que eles possam acessar, interpretar e utilizar as informações de maneira eficiente.

10. Qual é o futuro da AX no marketing de conteúdo?

A AX representa uma evolução no marketing de conteúdo, onde a criação de materiais deve considerar não apenas o público humano, mas também os agentes de IA que intermediam e influenciam o consumo de informações online.


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